segunda-feira, abril 25, 2005

Um esboço

Sou incompleto.
Um esboço de um pintor.
Uma ideia para um bonito quadro que nunca chegou a ser pintado.


I wake.
I'm up.
I cheat.
I'm sweet.
I'm sick.
I'm freak.
I'm geek.
I'm neet.
I'm it.

domingo, abril 17, 2005

Will You Chew Until It Bleeds?

Apetece-me fazer amor com a tua mão.
Sentir a ponta dos meus dedos deslizar entre os teus, lentamente. De uma forma tão lenta que cause um certo desespero, uma impaciência de sentir a tua pele macia. De uma forma que consiga visualizar a tua mão de olhos fechados, sentir ao pormenor a tua pele, cada pedaço dela. Sentir ao pormenor os teus dedos, cada milímetro deles. Que faça a minha cabeça cair para trás com uma longa inspiração depois de ter consumido mais uma dose do meu vício.
Os meu dedos lutam entre os teus, dançam na palma e tocam suavemente por cima da tua mão, muito de leve, que cria o arrepio que me faz iniciar novamente o mesmo ritual.
O lábio inferior deixa-se deslizar bem devagar pela mão e o nariz aproveita para sentir o perfume natural que altera a minha linha de raciocínio, desenvolvendo dentro de mim um desejo intenso.

quarta-feira, abril 13, 2005

Recordações

Elas chegam e levam um pouco de nós.

"E logo tu que eras o príncipe dela..."

segunda-feira, abril 04, 2005

R.E.M.

Neste momento as cores como as conheço desaparecem e em mim nasce a incerteza do segundo que se segue.
O momento traz com ele uma mensagem em código que apenas com bastante arte é descodificado. Elementos que através de graus de associação nos apresentam outros elementos, levam-nos a um pensamento que o nosso subconsciente tenta transmitir.
Não faço a mínima ideia para onde me levam as árvores cinzentas e as suas sombras negras criadas pelo luar e o céu estrelado. Apenas consigo ouvir o som dos ramos e das folhas secas que afasto com os braços para abrir caminho na direcção que sigo. A visão distorce á medida que avanço e tanto os troncos como os ramos das árvores deslizam lentamente na imagem deixando cada um deles um pequeno rasto nas imagens cada vez mais nubladas. As árvores parecem multiplicar e a sensação de desespero chega ao peito de uma forma aguda.
Escuto sussurros enquanto a velocidade do meu passo no pequeno trilho aumenta. Começo a reconhecer o desespero que nasce através da solidão. Como que dezenas de pessoas se tratassem, os sussurros começam a aumentar de tom e apenas assisto aos meus movimentos que já não controlo. Sinto a presença de algo. Acabo de chegar a um círculo cerrado por árvores. Os sussurros bem próximos dos meus ouvidos transformam-se em gargalhadas perturbantes que me afectam de tal modo como alguém que aperta o meu coração e lentamente a vida me leva. As cores acinzentadas começam agora a escurecer até tudo desaparecer.
Só mais um sonho por desvendar.