domingo, março 19, 2006

Warning: I may be high

Ok, i'm high.
I just don't what to with myself.
It is almost 5.am and I just feel everything around me spinning and i'm loving it. By the way, i'm not in the fuckin mood to write in my mother language and i'm just making stupid errors in every fuckin word. But it's ok, i'm correct it right away.
If anyone could imagine what kind of reality expects me tomorrow, everyone would like to get high till the end of their days. I want my fuckin last days. Because I just want to dance in the rain knowing that I don't know how to dance. I just want to feel my tears from the sky and give away all the apathy that releases from my body and soul.
I lost my fuckin way to save me from myself. And I so fuckin sick and tired of me and to write fuckin in every fuckin line.
I think that I will just click on that orange button to publish this shit this and lay down on the ground laughing and crying of this entire world.
Fuckin heartbreaked junkie.

domingo, março 12, 2006

Sou este mundo abandonado que ninguém sente

A noite já tinha caído e aproximava-se uma madruga das que invadem este quarto e trazem os sussurros, a loucura e a dor de ser quem sou. Trazem as madrugadas que o tempo torna ainda mais pesadas e difíceis onde o único refúgio é estar o menos consciente possível.
Mas ouvi um grito da janela ao lado desta secretária, chamando e esperando por quem aqui dentro, em si se destrói. Levam-me embora, para longe daqui, por umas horas que gostava que fossem dias, meses… Invadimos bombas de gasolina e a noite angustiante que tanto conheço, à medida que me torno menos consciente de mim mesmo, seja com que substâncias forem, a linha do tempo desaparece e apenas existe um presente constante. Os silêncios e os olhares transmitem esta angústia e esta dor que pesa cá dentro, que queima esta alma. São ditas palavras sentidas e ouvem o suficiente para entenderem a alma deste ser, gasto e auto destrutivo, sem força para esperança. O tempo ensinou-me que nunca podemos esperar aquilo que já tivemos e perdemos. São feitos silêncios que dizem tudo aquilo que as palavras não são capazes e neles sinto tudo em mim, saindo pelos meus poros sujos de tanto drenarem dor. Sou a pior droga que posso consumir.
Viajamos sem tempo ou preocupação, observo as ruelas vazias e escuras que por momentos se tornam minhas. Viajamos tentando adiar o inevitável. Envolvo-me em tudo o que me rodeia e por uns momentos sou aquele passeio velho, pisado e frio. Aquela árvore seca, imóvel, esperando o fim. Esta rua pouco iluminada, morta, com muitas histórias que ficaram por contar, que doem e se sentem constantemente. Sou este mundo abandonado que ninguém sente.
Caminhamos sem amanhã, procurando algo que ainda não conhecemos. E somos nossos no conforto deste mundo que partilhamos.
A visão distorce e as vozes afogam-se. O pensamento abranda e o corpo pede mais. A consciência perde-se e a apatia cresce. O vazio em que vivo torna-se quase indiferente nesta mente que continua revivendo vezes sem conta memorias de tempos que sempre precisou e nunca mais terá, a não ser estas noites, fugindo do que amanhã, infelizmente voltará.
Por momentos deixo de ser este ser. Esta existência que parou de existir. Esta pessoa que morreu, depois de tanta gente magoar. Esta voz no pensamento que grita e chora por tudo aquilo que se tornou.
Acabo numa divisão cheia de pó, com vodka por beber, maços de tabaco que acabaram e drogas por tomar. Uma divisão cheia de brinquedos velhos, cadeiras partidas, armários antigos e paredes que guardam a nossa dor. Uma divisão que não é usada a não ser para abraçar quem somos, mesmo que não sejamos metade do que um dia pudéssemos ter sido. Que transmite este conforto na dor de ser quem somos. Encosta-se o colchão velho a um pedaço de madeira e fazemos o nosso sofá. Permanecemos ali, em frente a uma televisão desligada ouvindo a música que torna aquela divisão velha e desarrumada num local que, entre o nosso silêncio, nos faz escapar de tudo aquilo que lá fora possa existir.
E por momentos somos nossos, sem ontem nem amanhã. As confissões são feitas e surge o conforto que tanto falta e nunca aparece, neste quarto que guarda tudo aquilo que me lembra de mim e do quanto não aguento comigo mesmo. Que guarda tudo aquilo que toda a vida possa ter feito e possa ter querido, que me possam ter feito e me possam ter dito, o que possa ter tido e hoje, desapareceu, para deixar um vazio que me consumiu. Restando apenas dentro de mim pesadelos que sempre tive medo de viver. Por tudo o que amei. Desde quem me deus à luz ao simples chão que nesta noite caminhei. Por tudo e todos aqueles que um dia possa ter magoado. E por todos os dias em mim sentir o vazio que lentamente me apoderou, matando quem na verdade nunca deveria ter começado a viver. A culpa e a angústia pela imensidade de pessoas e momentos que por mim possam ter passado e possa ter sentido levam ao desespero. Sou um nada.
As pálpebras pesam e a luz de mais um dia lentamente surge. E ali adormecemos, depois de mais uma noite que devia ser transformada na única vida que conforta, depois de tudo aquilo que possa apaixonadamente ter vivido e por isso ter morrido.

quinta-feira, março 09, 2006

Aqui deitado, tempo, existes apenas tu

A madruga chegou de novo.
Deito-me no chão deste quarto cheio de memórias de mim mesmo a fumar enquanto o olhar vazio se fixa no tecto de madeira e deixo o tempo passar-me ao lado. Não sou. Não tenho. Não consigo. Não existe. Sou um nada.
Sinto tudo morto lá fora. Aqui também. Lá foram encontram-se existências caídas no sono e nos sonhos das vidas que procuram e de algum jeito encontram. Aqui dentro encontra-se um corpo que inspira e expira instintivamente e uma mente preenchida por um vazio que impossibilita o ser de se ser. Pouco importa. Não importa. O tempo passa. O vazio permanece.
É fumada a nicotina que ajuda o tempo a passar de algum jeito sem que ele, o tempo, me viole e me deixe aqui, só, abusado e louco. É despertada a vontade que o sol não se erga por trás daquela colina e que de alguma forma estes sejam os últimos momentos de quem à muito deseja um fim que possa parecer involuntário. Os comprimidos acabaram e a droga foi levada por alguém que vertia lágrimas e dorme no quarto ao lado. A apatia existe em excesso. Sou excessivamente excessivo. Sou… não sei.
Amo tudo o que possa existir lá fora doentiamente. Até que me doa. E me traga até esta madrugada. Talvez já nem ame nada do que possa existir, por resultado do tempo que vem e tudo leva. Mesmo até quem somos.
Aqui deitado não há estrelas, nem luar, muito menos o som de um rio que rasga uma floresta que crie risos e incite a pegar na guitarra para mais um momento embaraçoso enquanto são cantadas, suavemente, palavras sentidas e tocados acordes que transmitem a dor que a voz não é capaz. Aqui deitado, apenas existe um tecto de madeira que esconde por trás todo o pó, todo o lixo que é acumulado. Bonito por fora, podre por dentro. Tectos. Existências.
Aqui deitado, tempo, existes tu e a tua infinidade de dores que aos poucos apresentas. Existe um corpo imóvel de um ser feio e podre. Exausto. Procurando o fim.
Existe um corpo…
Sem vida.

terça-feira, março 07, 2006

Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me. Acabei-me.
Merda! Acabei-me!!!!!!!!!